O amor na realidade é o que me dói
não havia nesse campo flor alguma
nem campo havia
mesmo assim achastes encanto
Sinto saudades, saudades de tudo,
e sem argumentos falo do coração,
essa coisa que sempre tem uma coisa de menos
onde é difícil de entrar, e só o podeis com carinhos.
Nele é impossível chegar com pancadas,
ou morar sem sonhos.
Porém, se entrardes e depois sairdes, deixareis bem mais do que trouxestes.
Procurais a porta, mas não vedes fresta, nenhuma frincha,
e sem elas o coração apodrece.
Agarrai esse suave fio de luz
para com ele atravessardes as grossas paredes.
Nessa lâmina tão frágil, que não se distingue
se é luar ou o resto de um sol quase morto, intimidado,
podereis mergulhar no abismo pulsante de amor, mentiras, medos e morte.
Nesse instante percebo a rosa,
tenho-a infinitamente,
sim, tenho esta flor
num coração de pedra esfalfado.
Nele surge um império de desconfianças
cujas cores iluminam este sertão
onde cultivo minha personalidade
para não morrer antes da morte senhora.
Tento não me perder.
Tento cultivar-vos.
Tento ganhar a rosa das minhas saudades.
Sinto saudades.
Saudades imensas, generosas, saudades de tudo.
6 comentários:
E ainda me disseram pra não esperar mto....
Obrigada! :) Que Deus continue a te abençoar e a aprimorar seus talentos!
Saudades tbm!
Lindo, sempre tento escrever algo sobre a minha vida e acabo por chorar,pois tenho tanta saudades dos meus tempos lá atrás. São palavras bonitas nestes teus versos, que acabam por nos dar vontade de algumas linhas rabiscar. Gostei! Vera Cassu
Belo poema Silvio.
Nosso coracao... sim, como diz o sabio Salomao, guarda-o pois dele procedem as fontes da vida.
Abracos,
Edmar - Calcuta
meu querido irmão, admiro este seu talento... Parece até que essa porção de tanta inspiração de escrever, ler, veio toda pra você!!!
Beijinho Sô
Alimentando saudades tuas venho aqui de vez em quando...
corrige pra mim... saudades minhas de vc!
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