Colher palavras
para contar
uma espécie de dor.
Escolher um tema
com que mostrar
belas cenas de horror.
Fugir do problema
e adentrar na guerra
em busca da paz.
Saltar o mundo
e permanecer
em estreito lugar.
Perder a vista
e enxergar
a face da escuridão.
Dançar a música
que um dia jamais
pudesse ser tocada.
Gritar gemidos
no vácuo inconsciente.
Plantar no jardim
estéril semente
e ignorar da árvore a solidão.
Comprar supérfluas utilidades
e apaziguar
a cupidez insaciável.
Enfim nascer
como primeiro ato
da historieta de morte.
2 comentários:
Não há beleza que dure nesta vida. Só a arte para fazer a minha um pouco menos complicada.
Abraços,
Nascer é o prenúncio da morte. Dançar é o prenúncio de sincronizar o corpo com algo novo que ainda está para ser ouvido. Saltar o mundo é pré-requisito para voltar ao ponto de partida, já que ele é redondo...
Sim, liebling, voltei! Estou tentando acompanhar o ritmo bloguesco... Por enquanto! Beijo!
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