em meio ao mar concreto
anil da mais alta vidraça
reflete a insolente mistura
branca e acre do banco de areia
no pulso um olhar perplexo
contando horas esvaídas
pés lépidos espalham brancura
fina de grãos esparsos de areia
a barra da sarja avante carrega
do saibro a silica escondida
fase prima do banco de areia
e tanta poeira dali removida
com grãos mais de fina finura
reflete no céu o pó que permeia
a vida fincada num banco de areia
2 comentários:
Manga, vc tem melhorado concideravelmente em seu talento poético. Por vezes aprecio sua arte aqui no blog. Ao estudar a Épica e a Tragédia Grega, cada vez mais aprecio a poesia. E a identifico como uma forma peculiar de filosofia, combatida pela própria filosofia, por razões compreensíveis no passado, como no caso de Platão, mas incompreensíveis hoje.
Um abraço,
Marcello
Um semestre inteiro para fazermos amizade pessoalmente, e enfim nos restaram... os blogs! Se fosse antigamente, seriam as cartas.
Caro Sílvio, sua poesia, em minha opinião leiga, é das mais bonitas que já vi. Parabéns, da moça aqui.
Obrigada por me enviar seu blog. Vou ler com muito carinho em breve, se Deus quiser.
Beijinhos!
Cris.
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