Epígrafe Provisória

"Quanto mais a moda é feia, mais o povo acha bonito" - Juraildes da Cruz

Sons de sim – "Enfeites de cabocla"

sábado, 13 de setembro de 2008

banco de areia

em meio ao mar concreto

anil da mais alta vidraça

reflete a insolente mistura

branca e acre do banco de areia


no pulso um olhar perplexo

contando horas esvaídas

pés lépidos espalham brancura

fina de grãos esparsos de areia


a barra da sarja avante carrega

do saibro a silica escondida

fase prima do banco de areia


e tanta poeira dali removida

com grãos mais de fina finura

reflete no céu o pó que permeia


a vida fincada num banco de areia

2 comentários:

Marcello disse...

Manga, vc tem melhorado concideravelmente em seu talento poético. Por vezes aprecio sua arte aqui no blog. Ao estudar a Épica e a Tragédia Grega, cada vez mais aprecio a poesia. E a identifico como uma forma peculiar de filosofia, combatida pela própria filosofia, por razões compreensíveis no passado, como no caso de Platão, mas incompreensíveis hoje.
Um abraço,

Marcello

Anônimo disse...

Um semestre inteiro para fazermos amizade pessoalmente, e enfim nos restaram... os blogs! Se fosse antigamente, seriam as cartas.

Caro Sílvio, sua poesia, em minha opinião leiga, é das mais bonitas que já vi. Parabéns, da moça aqui.

Obrigada por me enviar seu blog. Vou ler com muito carinho em breve, se Deus quiser.

Beijinhos!

Cris.