por Silvio Lourenço, setembro 2006.
Esse Sol corta essas noites
insuaves. Atrás atravessa
sem-pressa pelas praças,
do pão leveda as massas
e das moças mostra as graças.
Esse Sol indesperto madruga
moços cansados de amar,
missas de massas moventes,
desdorme trens nos dormentes,
descama o homem, o mar.
Ah, esse Sol aquece a pele,
queima toda epiderme –
perece a carne pelo verme –
desamanhece no poente
e foge desvisto da gente.
Nesse Sol sem-céu sumido,
você sem-eu-ciumado
desassoma cor-dia nublado.
Se sumo desinfeliz amando
no mundo não-sendo amado.
Foto: Andrei Barros, "Chuva, Sol e céu", em
Esse Sol corta essas noitesinsuaves. Atrás atravessa
sem-pressa pelas praças,
do pão leveda as massas
e das moças mostra as graças.
Esse Sol indesperto madruga
moços cansados de amar,
missas de massas moventes,
desdorme trens nos dormentes,
descama o homem, o mar.
queima toda epiderme –
perece a carne pelo verme –
desamanhece no poente
e foge desvisto da gente.
você sem-eu-ciumado
desassoma cor-dia nublado.
Se sumo desinfeliz amando
no mundo não-sendo amado.
Foto: Andrei Barros, "Chuva, Sol e céu", em
2 comentários:
Lindo poema, a foto ganhou vida nova com estas palavras! Obrigado!
Abraços!
mui belo esse poema, sua perspicácia em descrever o cotidiano e apresentar suas idéias anda cada vez mais vivaz.
abraço
valeu
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